O que aprendi através de uma câmara
Durante anos fui um total desalinhado do mundo da fotografia. "não preciso de máquina, as minhas fotografias é a minha memória ..." pensava...
Se forem a ver a grande maioria das fotografias que temos lá em casa, foram tiradas pela Ana...
Até que houve um dia que fomos visitar Marraquexe com L' Professeur António ... e começa aí a minha descoberta do gosto pela fotografia.
Ainda um enormissimo amador me confesso, apesar de ter uma máquina que supera largamente o valor do utilizador.
Mas vivi e aprendi imenso nesta viagem...
LUZ
tal como as mulheres, a luz varia de humor ao longo do dia e isso tem um impacto brutal no resultado.
Por exemplo a Sophia às 7 da manhã, com a entrada lateral do sol da manhã é fabulosa...
ou a meio da manhã, com uma intensidade de luz excessiva no ar... e de pessoas também...
... para terminar o fim do dia, com intensidade e cor...
VIDA
Aprendi muito também quando fomos para o lado de lá da margem... fomos de Barco, com frio...
... e confesso que nesta viagem senti falta desta 70-300...
A Ana e o António Soeiro tiraram fotos fabulosas dos pássaros a acompanhar o Barco...
... adorei as torradas que comemos, feitas em cima deste forno de lanha...
... adorei ver as cores dos mercados do lado da ásia...
... os peixes fantásticamente arranjados...
... e os gatos serenos, às dezenas (de acordo com a contagem diária do Manuel) no meio de todos, descontraidamente...
Aprendi que é comercialmente importante mostrar os ovos abertos, para que as pessoas acreditem que são frescos...
e fotografei gente com sorriso na cara, com uma profissão ancestral e nobre, mas simples... (gente que não precisa de "i-p..." para ser feliz)
Longas caminhadas fizemos neste dia chuvoso, mas não éramos os únicos...
...neste bairro grego onde fotografámos este senhor com a sua Bengala, encontrámos coisas fabulosas... como esta igreja cristã ortodoxa, no meio de um País dito "Laico" com 99% de muçulmanos...
numa convivência (ainda) serena que é, em parte, atribuível ao Senhor Mustafa Kemal, que teve a sabedoria de gerir equilíbrio instáveis...
... infelizmente, hoje não sei o que será o caminho deste País... não sei se será colorido... vejo o futuro desfocado...
MAGIA
Vivemos momentos mágicos a olhar para estes telhados...
... a viver o significado mágico retornar da Hagia Sophia, e viver o simbolismo de ambos os altares, nos seus respectivos lugares...
... à Blue Mosque e sua dimensão e cores...
...Mágica e supreendente foi também a esta Igreja (shame on me, I forgot the name... Simão, ajuda-me a recordar-me do nome)
... e por falar em magia, o que dizer da Cisterna? Devo confessar que estas fotografias foram tiradas numa segunda tentativa. Num final do dia, foram vocês para o Grand Bazaar e eu fui para lá uma hora e meia brincar com ISO's, profundidades de campo e exposição... fiquei super contente com o resultado... senti que o que estava a aprender estava a ter resultado.
(com ISOs de 25 mil...)
Magia é também ver mulheres a sair para a rua através das paredes...
Ou mesmo ver lojas abertas... ou não...
...uma das maiores artes mágicas, ficou para sempre dentro de nós...
SOMBRAS
... em por fim quero-vos mostrar como vi a Istambul das Sombras...
... nas paredes da Blue Mosque ao final do dia...
... ou nas sombras que testemunham monstros que queriam atacar L' Professeu...
ou mesmo luzes que violavam as sombras no meio do Grande Bazaar.
Uma Istambul que acorda de novo, todos os dias...
...perpetuando a sua magia nas nossas memórias.
BEM HAJA ISTAMBUL ! FICA BEM !