Quem eu Vi, por detrás de uma lente...
Vivo demasiados dias longe de todos.
Ainda ontem tive
que partir de novo... sob o triste protesto do Manuel e sobre a exclamação do Henrique “Voltas dia
27? 23 dias em Luanda? are you serious”!
Anseio o dia de
inverter este meu caminho da distância... e, enquanto ele não chega, procuro
que as viagens me ajudem a ficar próximo de todos, com intensidade.
Quando esta viagem
foi pensada, ela enquadrou-se num objectivo mais global, de criarmos momentos
para estarmos mais próximos, fora dos momentos das épocas festivas anuais.
Quando o convite
foi feito, todos os netos do avô Jorge que foram desafiados aderiram, sem
pestanejar! Digo todos, porque à Helena, que tenho muita pena que não tenha
estado, não lhe foi dada opção de escolha...
Tinha receio que
não funcionasse... éramos muitos,
corríamos o risco de tornar tudo uma excursão...
Um dia o Avô Jorge ligou-me, meio apreensivo com tanta confirmação... “tens a certeza que é isto
que queres fazer?", dizia... e eu disse que sim, mas na realidade partilhava com ele o
receio de que não funcionasse...
Confesso que não
imaginava a Magia que foi vivida!
Dos 11 Marafados vi de tudo um pouco...
Vi gente com estilo...
... gente com sorriso lindo... (e mais não digo porque o fotógrafo não é independente...)
Vi gente com glamour no olhar... (de quem já tem uns quilómetros valentes de Amor e Conhecimento...)
Vi miúdos curiosos…
... conheci ângulos de rapazes com um
irrepreensível gosto pela moda !
...quase que jurei
que tinha visto o Profeta, mas afinal as barbas eram de outrem...
Fotografei cumplicidades...
... e carinho.
Registei genuínas amizades....
... de um grupo de primos que aproveitava os momentos para fazerem pose...
... enquanto outros que corriam para (tentar) não perder o
seu lugar nessa fotografia...
E vi trabalho
genuíno de todos (!) provando que, afinal, a viagem não era apenas convívio...
era um momento de aprendizagem de fotografia e de cultura.
Do J. O Mais Velho
ouvimos história sábias...
... procurámos
respeitar o seu ritmo e necessidades de pausas...
Aproveitando uma dessas
pausas, lembro-me como me soube bem este café na rua enquanto vocês calcorreavam
caminhos com o Gunney...
Do João, o mais Velho, vimos intromissões inaceitáveis na perspectiva da câmara do Manuel, o mais novo... (dizem as revistas de escândalos que também se tentou apropriar das “Selfies” do próprio filho António) ... grave... muito grave !
Mas também vimos humildes
tentativas de conhecer o trabalho dos outros...
... e mesmo tentar tirar uma fotografia a partir da câmara que ele tanto invejou ao Professor...
Da nossa Agente
de Viagens, vi do melhor e do pior... como esta inaceitável atitude para com o fotografo
paparazzi...
... mas também consegui olhar através da sua Alma, apanhando-a num momento de Serenidade especial...
Eu vi e fotografei uma Júlia que já não via há décadas... uma Júlia deslumbrada, que durante estes dias conseguiu não ter o peso de se sentir Mãe; apenas ela própria a gozar os momentos, mesmos os de introspecção como este. Deve ser por isso que o Simão aparece em quase todas as fotografias com um ar radiante... LIVRE! !!! ...
Eu andava sempre à procura do Professor António... uma vez
julguei que o tinha apanhado a cortar o cabelo...
... mas depois voltei a vê-lo e ainda tinha a barba... afinal tinha-me enganado!
Do Gunney, fica a
recordação de um Homem genuinamente amigo...
... que até pode não saber onde fica o esternocleidomastoideu, mas da história de Istambul, real ou fantasiada, q.b., isso ele sabe e levou-nos a lugares mágicos! Bem Haja Gunney!
PEOPLE I LOVE YOU!
Luanda, 5 de Maio de 2014
Como é que se faz um coração nisto?????
ResponderEliminarÁs vezes olho para o "Por do Sol" e estou lá fora na rede (a tirar fotos) e penso em tanta coisa.
ResponderEliminarE umas das pessoas que penso és tu.
E penso no que estarás a fazer.
Na solidão que tens perante uma grande.
E fico com pena de não te puder mostrar os meus 100% nos testes.
Ou até de uma fotografia que tenha tirado.
E fico com tanta pena, porque, na realidade, es o meu tio e eu gosto imenso de ti.
E pronto com isto te deixo hoje, espero que voltes para casa triste, mas orgulhoso, e que isto te faça lembrar que estamos aqui em Portugal a adorar-te como sempre.
Tenho pena.
Mas tenho imenso orgulho em ter o tio que tenho.
Um beijo do teu sobrinho
A.
Bem hajas, Zé! Salam aleikum!
ResponderEliminarNa verdade Alá é grande e às vezes cabe-nos o papel de sermos seus profetas. Tu o foste. Um beijo de gratidão do Mais Velho
ResponderEliminarFantástico! Reflecte toda a viagem e que realmente somos uma GRANDE família.
ResponderEliminarValemos pelo todo!
Beijos
João Soeiro Neto