- Se não
fossem as chaminés…
- Deixa-as
estar… também lá estão o toldo e a grade! O velho e o novo, entendes?… Vamos!
- Se não
fossem as nuvens…
- Deixa as
nuvens que chegam ao céu… Elas também têm companhia… Anda! Vamos!
- Se da
máquina ecoassem estes cânticos de encantar…
- Isso é que
era! Vamos! Estão à nossa espera!
- Podia-se
tomar banho aqui?
- Ó Cristo!
Mas tu não estiveste a ouvir?!
- Como é que
eu consigo ouvir no meio desta escuridão?!...
- Singer?... O que é isso que estás a
fotografar? É um cantor de pedra?
- Achas?!...
Não vês que é um tear antigo? É, não é?
- Não. Era uma
máquina de costura.
- Tenho fome…
- Não ficou
como eu queria…
- Porque não aumentaste
o Iso nem abriste o diafragma…
- Se a fotografia
cheirasse… se pudéssemos ver os cheiros, aí, sim, abriria o diafragma à força
toda…
-Ya… OK… Anda! Não os podemos perder de
vista!...
- Olha ali!...
- O quê?!
Onde?!
- Ali! Já
passámos… Ali, ali! Tira uma foto! Tira a foto!...
- Ah… que espetáculo…
tipo… isto é brutal! Espera aí por mim… Onde é que eles estão? Estás a
vê-los?...
- Tira uma ao
teto! Daqui a nada estaremos bem por cima deste Bazar, nos telhados que o
cobrem… Bebe o perfume destas cores e guarda tudo muito bem na tua máquina. Mas
agora vamos, que não os podemos perder de vista…
- Tem muita
luz, mas Istanbul é mesmo assim.
- Vê-se mesmo
que não percebes nada de fotografia! Vamos!
- Onde é que
vamos jantar? Falta muito? Estamos cheios de fome…
- Olha para
cima. Vê-las? Caminha ao longo da galeria, observa umas e depois outras, ouve e
aprecia as conversas que se cruzam. Vai!
- Já fui e já
voltei! Fiquei tonto…
-
Dervishemente! Vem! Não podemos perdê-los de vista…
- Tenho fome…
- As nossas
igrejas podiam ser assim…
- Claro… e
onde é que punhas o sino, ó esperto?!
- Ainda não
percebi muito bem… os minaretes apontam para o céu, mas os candeeiros caminham
em direção ao chão…
- Não percebes
nada de turco…
-
Então… se não era para tomar banho, era para quê? Para as mulheres poderem
lavar a roupa à vontade, sem terem que estar tapadas da cabeça aos pés?!...
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ResponderEliminarI love you too!
EliminarO mais curioso foi teres partilhado este belo exercício de múnus maternal precisamente no Dia da Mãe
ResponderEliminarExcelente minha amiga!
ResponderEliminarConseguimos sentir os cheiros, a multidão, os pré-conceitos … e a realidade dos estômagos dos nossos adolescentes :-)
Beijo Grande
Muito bonito e inspirado. Leva-nos pela mão! Leva-me pela mão, queridinha!
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